A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou no domingo, dia 04, que frustrou um plano de ataque com explosivos improvisados durante o show da cantora americana Lady Gaga, realizado na noite de sábado, na praia de Copacabana.

A operação, batizada de Fake Monster teve caráter preventivo e envolveu delegacias de vários estados, além do apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública. 

Segundo as autoridades, a ação teve como objetivo neutralizar condutas criminosas sem causar alarde ou prejudicar o público presente.

De acordo com a Polícia Civil, o plano foi arquitetado por uma quadrilha que atuava na internet e tinha como alvo principal crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+. 

O grupo disseminava discursos de ódio e incentivava a radicalização em plataformas digitais, promovendo crimes como pedofilia, automutilação e atentados violentos como forma de obtenção de notoriedade nas redes sociais.

Um homem, apontado como líder do grupo, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo no Rio Grande do Sul. Sua identidade não foi revelada.

No Rio de Janeiro, um adolescente foi apreendido por armazenar pornografia infantil. Outro suspeito, localizado em Macaé, é investigado por ameaçar matar uma criança ao vivo na internet. Ele responderá por terrorismo e induzimento ao crime.

A investigação teve início após alerta da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil, que identificou tentativas de cooptar adolescentes para participar de ataques coordenados, utilizando explosivos improvisados e coquetéis molotov. 

O plano era tratado como um “desafio coletivo”, incentivando a violência como forma de pertencimento a grupos extremistas virtuais.

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em cidades dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.

Entre os municípios com diligências apareceram na lista, Cotia e Vargem Grande Paulista. 

Dispositivos eletrônicos e outros materiais foram apreendidos e serão periciados.

A Polícia Civil ressaltou que a operação evitou qualquer impacto direto ao show e ao público, prevenindo o pânico e a circulação de informações distorcidas. A investigação segue em andamento.