Uma mulher foi morta a facadas no início da tarde da última segunda-feira (2) em um corredor que dá acesso a lojas de um centro comercial localizado na Avenida Nove de Julho, na região do bairro Anhangabaú, em Jundiaí (SP). O crime aconteceu por volta das 12h30, no horário de almoço da vítima, que trabalhava em uma agência de viagens no local.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, testemunhas relataram ter ouvido gritos e, em seguida, encontraram a mulher caída no chão, com ferimentos causados por faca e já sem vida. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas e constataram o óbito no local.

A Polícia Militar isolou a área para o trabalho da perícia e iniciou as buscas pelo autor. Ainda segundo o boletim, o suspeito, que atuava como funcionário terceirizado da limpeza do centro comercial, se apresentou espontaneamente na base da 1ª Companhia da Polícia Militar, no Centro da cidade.

Aos policiais, ele confessou o crime e alegou ter cometido o assassinato motivado por sentimentos amorosos não correspondidos pela vítima. Segundo o relato, o crime foi premeditado e planejado cerca de 20 dias antes. O suspeito afirmou que sabia o horário em que a vítima costumava almoçar e a surpreendeu, desferindo diversos golpes de faca pelas costas.

Após cometer o feminicídio, ele se dirigiu até o escritório administrativo do local, onde teria causado danos, quebrando objetos e equipamentos, como forma de represália contra seu superior, com quem mantinha desentendimentos após ser transferido para outro posto de trabalho em Jundiaí.

No momento em que se apresentou na base policial, os agentes relataram que o suspeito aparentava estar passando mal, mas, logo depois, começou a repetir que havia “matado o amor da vida dele”. Durante a abordagem, foram encontradas três facas na mochila que ele carregava — uma delas com marcas de substância semelhante a sangue.

O homem foi preso em flagrante e encaminhado ao Plantão Policial de Jundiaí, onde permaneceu à disposição da Justiça. O caso foi registrado como feminicídio consumado e está sendo investigado pela Polícia Civil.