Na manhã desta segunda-feira, dia 20, um médico ginecologista de 69 anos foi preso em flagrante em Alphaville, Barueri, sob a suspeita de ter abusado sexualmente de uma paciente durante a realização de exames.

A vítima, uma mulher de 39 anos e paciente de longa data do médico, relatou aos policiais que, após uma consulta para agendar a troca de seu Dispositivo Intrauterino (DIU), o ginecologista apresentou um comportamento que ela considerou “estranho”. Durante a consulta, o médico pediu que ela se deitasse na cadeira ginecológica para avaliar o progresso da terapia hormonal, momento em que teria agido de forma inadequada.

Após o relato, a paciente decidiu acionar a Polícia Militar, que a acompanhou até a Delegacia de Defesa da Mulher de Barueri. No local, ela formalizou a denúncia, que foi registrada no boletim de ocorrência. A delegada responsável pelo caso afirmou que existem indícios suficientes de autoria e materialidade do crime, destacando a consistência do relato da vítima. Além disso, foi mencionado que outra mulher já havia prestado queixa contra o mesmo médico em um inquérito anterior, relatando comportamento semelhante.

A equipe de investigação, em conjunto com o Grupo de Operações Especiais da Seccional de Carapicuíba, localizou o médico em seu apartamento e o conduziu à delegacia para as devidas providências. Ao ser interrogado, o ginecologista, acompanhado de seu advogado, negou as acusações, afirmando que apenas realizou os procedimentos ginecológicos necessários e que não houve qualquer ato de natureza sexual.

Foi solicitada a realização de exame de corpo de delito/sexológico no Hospital da Mulher. A Autoridade Policial determinou a prisão em flagrante do médico, que foi indiciado por “Violação sexual mediante fraude”, conforme o artigo 215 do Código Penal. Ele permanece à disposição da justiça e deve passar por audiência de custódia.

Segundo informações complementares, durante o atendimento da ocorrência, várias outras vítimas entraram em contato, relatando também terem sido abusadas pelo mesmo médico. O caso segue em investigação, com a expectativa de que mais informações possam surgir a partir dos depoimentos das vítimas.