A Justiça Militar da União condenou nove acusados pelo furto de 22 armas de grosso calibre do Arsenal de Guerra de Barueri, ocorrido em 7 de setembro de 2023. Na época, foram levadas 22 armas, das quais 13 são capazes de derrubar aeronave. Em outubro, nove armas roubadas forem encontradas em São Roque (SP).
De acordo com a denúncia, os dois principais responsáveis pelo furto são ex-cabos do Exército, condenados a 17 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado por peculato e furto. Um deles atuava como motorista e o outro como auxiliar na Seção de Transporte da unidade. As penas variam de 6 meses a 18 anos de prisão. Entre os réus estão quatro militares do Exército e cinco civis.
Cinco civis foram condenados por comércio ilegal de armas de fogo. Três deles receberam penas superiores a 14 anos. Um civil terá de cumprir 18 anos de prisão.
O tenente-chefe da Seção de Inteligência recebeu pena de 9 meses de detenção por falhas na fiscalização. A Justiça considerou que ele facilitou o furto ao ordenar que veículos não fossem revistados. Já o tenente-coronel que comandava o Arsenal foi suspenso do posto por 6 meses por negligência.
O furto ocorreu no feriado de 7 de setembro, quando a unidade militar estava sem expediente. Os militares desligaram o alarme, arrombaram os cadeados e retiraram as armas em uma caminhonete. A ausência dos armamentos só foi percebida mais de um mês depois, em 10 de outubro, durante uma inspeção interna.
Das 22 armas levadas, 20 foram recuperadas em operações no Rio de Janeiro e em São Roque (SP). Nove metralhadoras foram encontradas em uma área de mata em São Roque, enterradas em lamaçal. As duas armas restantes seguem desaparecidas.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela Justiça Militar.