Indústria automotiva investe em novas tecnologias que visam contribuir para uma direção mais segura

Falhas humanas como imprudência, desatenção e imperícia são os principais fatores de riscos de acidentes nas estradas, segundo o último levantamento realizado pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.

Foram cerca de 170 mil acidentes registrados nas rodovias brasileiras apenas em 2022 e, destes, 70% (119 mil) ocorreram por falta de resposta imediata dos motoristas às circunstâncias que comprometeram a direção.

Diante deste cenário, a indústria automotiva vem desenvolvendo um trabalho tecnológico com o objetivo de oferecer ferramentas que auxiliem os motoristas na condução dos veículos e, assim, contribuir para um trânsito mais seguro.

Nos modelos mais novos, é possível encontrar sensores que sinalizam ao motorista sobre a presença de obstáculos à frente do veículo, câmeras que permitem uma visão 360° do automóvel e até sensores que freiam o carro ao perceber que o mesmo está muito próximo do veículo da frente, evitando colisão ou um atropelamento.

De acordo com Wellington Bosco, gerente de pós-venda da Jeep Bicudo, de Itu, durante a condução do veículo, diversos fatores podem influenciar o motorista, como problemas pessoais, cansaço físico e mental, entre outros que, nas máquinas, não são influenciáveis. “As novas tecnologias presentes nos veículos estão exclusivamente fazendo uma varredura no veículo, mapeando todos os pontos e a todo momento, sem que outros fatores interfiram, deixando a ação mais segura”, afirma.

Entre as novas tecnologias, Bosco destaca algumas que contribuem para a redução de colisão no trânsito, como o reconhecimento de placas, que permite ao motorista notar a presença de pedestres, bicicletas, motos e outros veículos; dispositivos que controlam a distância entre os automóveis, freando automaticamente o carro quando esta distância não é segura; monitoramento dos ‘pontos cegos’; além de sensores sonoros e visuais que são acionados na presença de obstáculos.

Para os motoristas que pegam a estrada com frequência, os novos modelos chegam ao mercado, ainda, com sistemas de faixa, que ajustam o volante se o veículo começa a sair da faixa de rodagem; controle de velocidade, que não permite que o carro ultrapasse a velocidade pré-determinada pelo motorista; além de sensores que, ao observarem que o motorista está soltando o volante – um dos sinais de cansaço -, emitem sinais de alerta.

“As novas tecnologias não substituem o homem, mas oferecem ferramentas que contribuem para uma direção mais segura e assertiva. Os veículos tecnológicos que eram reportados nos desenhos animados estão se tornando realidade e a indústria automotiva está ativa na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, visando aumentar a segurança no trânsito”, afirma Wellington Bosco.

Segundo informações do Infosiga, do Detran de São Paulo, nos quatro primeiros meses do ano, ocorreram mais de 17,5 mil acidentes nas estradas paulistas. Apenas entre janeiro e fevereiro, 900 pessoas vieram a óbito em virtude de acidentes nas rodovias do estado.