Nesta quarta-feira, 16, no Fórum de São Roque, começa o júri popular dos envolvidos no brutal assassinato de Kayron Felipe da Silva, que tinha apenas 16 anos. O julgamento está marcado para ter início na parte da manhã e a cidade acompanha o caso com grande comoção.
O crime ocorreu em janeirode 2023.
Kayron estava desaparecido em Araçáriguama.
Familiares e amigos faziam busca pelo jovem.
Dias depois, descobriu-se que na realidade ele havia sido morto com golpes de facão e enterrado em uma vala perto de um lago em uma propriedade em Araçariguama.
O local foi descoberto e assim, a Polícia Civil, agentes da Defesa Civil, GCM e peritos de Polícia Científica em uma ação coordenada, foram até a área afastada do centro, situada em um terreno privado.
As equipes enfrentaram dificuldades para chegar ao local e precisaram até mesmo de uma máquina escavadeira para acessar a região.
Kayron foi morto em uma emboscada organizada com a participação de outro jovem de 16 anos, que já possui passagens por tráfico de drogas e estaria envolvido em uma facção.
Segundo informações da polícia, Kayron estaria se envolvendo com uma jovem que era namorada desse suspeito.
O problema começou quando a namorada desse suspeito se envolveu com Kayron que não sabia que ela já estava namorando.
O suspeito ao descobrir sobre a traição, armou a emboscada junto com a jovem e mais três amigos para pegar Kayron — a polícia investiga se isso foi feito por coação, pois, Kayron foi atraído por ela para dar uma volta até uma região de mata.
Ao chegar à mata com ela, Kayron foi surpreendido por três rapazes escondidos, entre eles o namorado da jovem e outros dois maiores de idade.
O jovem foi torturado e brutalmente assassinado com golpes de facão.
Após o crime, o corpo foi jogado em um buraco dentro da mata e encoberto com terra. A polícia precisou usar a retroescavadeira para abrir o local e encontrar o corpo de Kayron.
Além do corpo do jovem, os policiais acabaram encontrando uma ossada humana na mesma área, que já fazia alguns anos e que seria investigado.
Familiares e amigos acompanharam o caso com grande revolta pela morte de Kayron.
A Polícia Civil apreendeu o menor acusado e a namorada dele; ambos foram encaminhados para a Fundação Casa.
Os outros dois jovens maiores de idade foram identificados por participação no crime.
Um terceiro suspeito foi detido por ajudar na ocultação do cadáver, mas foi liberado em audiência de custódia.
Assim, na época, a Polícia Civil informou que concluiu a investigação sobre o caso encontrando o corpo e indicando os acusados.
Agora os envolvidos responderão por homicídio qualificado, motivação fútil, emboscada e meio cruel que impediu a defesa da vítima, além da ocultação de cadáver.
A comoção na cidade pelo falecimento do jovem, foi grande, ele era conhecido na comunidade.
A forma como tudo aconteceu também chamou a atenção.
Kayron foi velado e enterrado no cemitério municipal, onde amigos e familiares prestaram suas últimas homenagens na oportunidade